Producao da cultura de cenoura

 

1. INTRODUÇÃO

A cenoura pertence à família Umbelifere e o seu nome científico é Daucus carota L.A origem da cenoura está localizada na Ásia, na área do Afeganistão, onde é possível encontrar cenouras em estado espontâneo. Cultivada desde há mais de 2 mil anos, foi muito apreciada por determinadas classes sociais da Grécia antiga. As primeiras cenouras eram de cor branca, amarela e púrpura e não cor – de-laranja. As variedades actuais provêm de modificações destas variedades, iniciadas no século XVII, pelos holandeses, (AubertS., 1981)

A cenoura é rica em vitaminas A, B, C e em caroteno, precursor de vitamina A. Cem gramas de cenoura correspondem a 42 calorias. O consumo regular de cenoura é bastante eficaz no combate a doenças como as anemias e as avitaminoses. O caroteno confere protecção contra alguns cancros e tem efeitos muito benéficos na saúde da pele e da visão.


Problema e Justificação

 1.1.1.Problema

A cultura de cenoura no distrito de Chókwè é produzido em menor escala o que contribui para a demanda do mesmo produto. Neste contexto de escassez da oferta no distrito abre-se uma janela de ideia de negócio de produção de cenoura. Contudo a necessidade de combinar tecnologia e factores produtivos é uma ferramenta que garante a maximização da produtividade da empresa.

 1.1.2.Justificação

A existência de um mercado específico para a comercialização deste produto, as vias de acesso existente no distrito proporcionam condições propicia para a produção e venda de cenoura.

 

1.2 Objectivos

1.2.1 Geral

Ø  Produzir cenoura (Daucus carota L), para a venda no mercado municipal de Chókwè.

 

1.2.2 Específicos

Ø  Quantificar os custos necessários para a produção e prever o lucro esperado

Ø  Identificar as principais pragas e doenças de cenoura

Ø   Produzir cenoura (Daucus carota L) para a comercialização

 

1.3. Hipoteses

Ø  Hipótese nula (HO)- existe diferença no rendimento da cenoura, influenciado pela adubação

Ø  Hipótese alternativa (H1)- não existe diferença no rendimento da cenoura, influenciando pela adubação

 

 

2. Revisão bibliográfica

Características sistemáticas

E uma cultura anual, para produção comercial, e bienal para a produção de sementes pelas companhias e pelos pesquisadores. Trata – se de uma planta herbácea, com até 50 centímetros de altura, as folhas bastantes recortados e produz raiz tuberosa, que é a principal parte comestível e comercializada.

2.1.Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Apiales

Família: Apiaceae

Género: Dancus

Espécie: D. carota

Condições edafo - climáticas

2.2.Clima

A cenoura cresce melhor em temperatura entre 16ºc e 22ºc embora existam cultivares adaptadas a temperaturas um pouco mais alto. A temperatura mínima para o plantio deve ser de 18ºc, contudo plantas bem desenvolvidas podem suportar baixas temperaturas, pois asa raízes sobrevive mesmo quando a folhagem morre, e as plantas rebrotam quando a temperatura volta a aumentar na primavera. Por outro lado temperaturas acima de 30ºc podem prejudicar o crescimento das plantas e o sabor das raízes.

Luminosidade

A cenoura cresce melhor em condições de alta luminosidade com sol directo, mas tolera crescer na sombra desde que a luminosidade seja boa.

2.3.Solo

A cenoura precisa ser cultivada em um solo sem pedras e outros detritos ou as raízes poderão crescer tortas e ramificadas. O ideal e que o solo seja profundo, leve, rico, em matéria orgânica, fértil bem drenadoO solo não precisa ser particularmente rico em

2.3.PH

Adequado num solo com PH entre 6,0 e 7,5.

3. Localização da área de estudo

O Distrito de Chókwè está situado a Sul da provincial de Gaza, no curso médio do rio Limpopo, tendo como limites a norte o rio Limpopo que separa dos Distritos de Massingir, Mabalane, a Este confina com os Distritos de Bilene e Chibuto e a Oeste com os Distritos de Magude e Massingir, com uma superfície de 2.466km e uma população recenseada em 1997 de 173.277 habitantes (Ministério da Administração Estatal, 2005).

 3.1.Materiais

v  Tractor                        

v  Alfaias

v  Regadores

v  Enxadas

v  Sacholask

v  Ansinhos

v  Cordas

v  Pulverizadores

v  Balancas

v  Catanas

v  Semente

v  Adubos

v  Pesticidas

 

 

 

3.2.Metodos

3.2.1 Preparação do solo

A lavoura será feita mecanicamente usando-se charrua de disco 60 dias antes da sementeira, a 2 lavouras será feita 30 dias depois da primeira lavoura. Serão feitas 2 gradagens cruzadas 10 dias antes da sementeira. Sulcagem será feita um dia depois da gradagem, consiste em abrir de sulcos para a sementeira da semente. Dirregador será feita logo depois da sulcagem.

 5.2 Sementeira

A sementeira seré feita manualmente efectuada directamente no local definitivo, num terreno bem preparado, a profundidade de 0.5 cm. Serão contractadas sazonais para execução desta actividade, lançando semente nos sulcos, espaçados 20 cm entre si, as sementes serão uniformemente distribuídas, cobrindo-se com terra do próprio sulco, cuja densidade da semente será de 6 kg/ha.

5.3 Desbaste

O desbaste será feito manualmente eliminando as plântulas que apresentarem menor vigor, este processo será feito 4 semanas depois da sementeira, seleccionado as plântulas para que no final do processo produtivo a densidade de sementeira desejada.

5.4 Rega

A rega será feita por gravidade durante quase todo ciclo, de acordo com necessidade hídrica da cultura, especialmente na fase de floração. Portanto será obedecido alguns critérios relacionado com necessidades de água de rega (NAR). Tendo em conta alguns aspectos relacionados com as culturas em referência.

 5.5 Adubação

A adubação será feita três vezes durante todo ciclo, a primeira será de adubação de fundo cuja quantidade será 250 Kg de NPK, no processo de preparação do solo especificamente a ultima gradagem, será feita mecanicamente, e de cobertura será feita escalonadamente aos 15 e 45 depois do transplante cuja quantidade é de 67 Kg de ureia e 140 Kg de cloreto de potássio. A quantidade de nutrientes a serem aplicados 60 Kg de N, 50 Kg de P2O5 e 100 Kg (ver o anexo III).

 

 5.6 Controlo fitossanitário

Visto que a cultura de cenoura é sensível a podridões será feito um controle fitossanitário calendarizado, pulverizando a cultura de 7 a 7 dias usando o preventivo Maconzeb e Dithane, e também vai controlar algumas pragas quando atingir o linear económico usando alguns insecticidas (Ver anexo I, Tabela 1.a, 2.a e  3.a ).

 5.7 Rendimento e colheita

O rendimento duma cultura depende em grande medidos da boa escolha do local de produção e dos amanhos culturas oferecidos a cultura. Para o presente projecto o rendimento esperado em média será de 20 toneladas/ha de Cenoura nas condições descritas. A colheita será feita manualmente, 3 meses depois da sementeira quando o tubérculo apresentar uma firmeza característica usual para determinar o ponto de colheita.

6.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

 

Ano  →

2018

 

Meses →

Fevereiro

Marco

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

 

Semana

1

2

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

Lavoura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gradag.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sulcagem

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sementeira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retancha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sachas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rega

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

C.fitossanit.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Colheita

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Transporte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Orçamento da produção

Custos variáveis

Designação

Quantidade

Área

(ha)

Unidade

Custo Unitário (Mt)

Custo total (Mt)

Preparação do solo

 

Lavoura

1

1

---------------

3000

3000

Gradagem

1

1

---------------

2500

2500

Sulcagem

1

1

---------------

2000

2000

Parcelamento

1

1

---------------

2000

2000

Sub-Total

 

10500

Insumos

 

Ureia

4

1

kg

55

220

Semente

6

1

Kg

6.000,00

6.000,00

Sub-Total

 

 

 

 

6220.00

 

Custos fixos

Designação

 

 

Quantidade

Área

(ha)

Custo unitário (Mt)

Custo total

(Mt)

Amortização (25%)

Total amortizado (Mt)

Mascaras

3 Pares

1

25,00

75,00

25

18,75

Luvas

3 Pares

1

100,00

300,00

25

75,00

Fato-­Macaco

3 Pares

1

300,00

900,00

25

225,00

Botas

3 Pares

1

250,00

750,00

25

187,50

Pás

3

1

180,00

540,00

25

135,00

Pulverizadores 16l

2

1

1.400,00

2.800,00

25

700,00

Sacos

15

1

15

225

25

56

Total

1395.25

 

 

 

CALCULOS

O rendimento esperado é 6.000kg

Rendimento da cultura = 6.000kg - 5%de risco=5.700kg

Custo total de produção                                          

CTP= CV+CF                                                                        

CTP= 10500Mt + 1.396, Mt

CTP=   11896 Mt                               

Preço de venda é de 20Mt/kg

Cálculo de receita                                                     

RT=QP x PV                                                              

RT=5.700kg x 20Mt                                                              

RT=114.000, 00Mt                                                                

Cálculo de Margem Bruta

MB= RT-CV

MB=114.000, 00Mt - 10500Mt

MB=103500Mt

Cálculo de Margem Liquida

ML=MB-CF

ML=103500Mt - 1.396, 75Mt

ML=102104Mt

 

 

Conclusao

De acordo com o trabalho realizado durante a produção, concluiu-se que o projecto é viável, pois apresenta lucros satisfatórios e para além dos lucros, a pequena produção servirá de fonte de emprego p

Conclusão e Recomendacões

AUBERT, S. 1981 - La carrot (Daucus Carota L.) Reviue de quelques facteursd´intérêt diététique. Cah. Nutr.Diét., 16:173-188.

Manual de culturas hortícolas, 2011, Domingos de Almeida. Vol 1.

Almeida (2006)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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